quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Introdução à Proctologia

PROCTOLOGIA

Hemorróidas:
Podem ser internas ou externas.
O sangramento devido às hemorróidas ocorre associado às evacuações e caracteriza-se por ser vermelho rutilante, tipo arterial, pois existem fístulas arteriovenosas no interior dos mamilos.

Classificação:
1º grau: sem prolapso;
2º grau: prolapso com redução espontânea;
3º grau: prolapso necessitando redução digital;
4º grau: prolapsada, não podendo ser reduzida.

Exame complementar: anuscopia (o melhor).

Tratamento:
Cuidados gerais: evitar esforço excessivo ao evacuar, melhores hábitos alimentares, fibras;
Conservadora: ligadura elástica, escleroterapia, coagulação com infravermelho, sonda aquecida e eletrocoagulação bipolar.
Cirurgia: hemorroidectomia.

Fissura Anal:
Úlcera longitudinal ao canal anal distal. Geralmente em linha média posterior.
Fatores exacerbantes: constipação e fezes endurecidas.
QC: dor anal, sangramento e constipação. Toque retal muito doloroso.
Tríade da fissura anal: plicoma sentinela, papila hipertrófica e fissura do ânus.
A fissura anal crônica vem acompanhada de plicoma sentinela e papila hipertrófica.
Tratamento: banhos de assento com água morna, fibras na dieta; uso tópico de dinitrato de isossorbida a 1% ou nitroglicerina (para tornar o esfíncter anal menos hipertônicos).
Cirurgia: esfincterotomia interna lateral parcial.

Abscesso Anal:
Abscesso oriundo de infecções inespecíficas das glândulas anais ou da cripta anal (criptoglandular).
A localização pode ser: interesfincteriano, perianal, isquiorretal, intermuscular ou submucoso e pelvirretal ou supra-elevador. Tratamento: drenagem do abscesso.
Podem evoluir com fístulas anais.
Fístula Anal:
É a comunicação entre o canal anal e a margem do ânus. Geralmente é uma seqüela crônica do abscesso anal.
Solta secreção purulenta na margem anal. É indolor.

Exames complementares: anuscopia e retossigmoidoscopia (para afastar doenças neoplásicas ou inflamatórias).
Pode-se operar por fistulostomia ou por fistulectomia.

Doença de Bowen (Neoplasia Intra-eptelial Anal):
Tem relação com papiloma vírus humano (HPV), homossexuais masculinos e AIDS.
Paciente apresenta queimação e prurido local, pele hiperemiada e espessada, dom fissuras, placas vermelho-amarronzadas ou nódulos.
Exame: citologia anal exfoliativa.

Tratamento: é tópico com ácido tricloroacético para lesões pequenas ou ampla ressecção para lesões maiores.

Carcinoma Epidermóide ou de Células Escamosas do Canal Anal:
É o câncer mais comum do canal anal.
Tratamento: lesões acima de 2cm com sinais de fixação: faz-se quimioterapia (esquema Nigro 5-Fluoracil e Mitomicina) associado à radioterapia. Os tumores de margem anal devem ter ressecção local.

Doença de Paget do Ânus:
É um adenocarcinoma intra-epitelial raro, mais comum em idosos.
É uma placa eczematóide bem definida, com ulcerações branco-acizentadas.
As células de Paget são positivas para coloração de solução periódica com ácido de Schiff.
Tratamento: excisar a lesão, radioterapia e quimioterapia.

Melanoma Anal:
É raro. Deve ser feita a ressecção local.

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